terça-feira, 25 de novembro de 2008

Investimentos na área da saúde ..México,Chile,Colômbia,Brasil,Venezuela,Argentina.

A constatação é um dos resultados de um estudo comparativo sobre gestão da saúde no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Venezuela realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP). Enquanto Venezuela, Argentina e Chile investiram em saúde cerca de 16% do valor arrecadado com impostos no ano de 2005, no Brasil o percentual foi de 8,7%. A diferença é ainda maior em relação a México e Colômbia, onde os gastos com saúde representaram, respectivamente, 24,2% e 37,6% da arrecadação. De acordo com Leandro Fraga, um dos coordenadores da pesquisa, os dados revelam uma contradição na postura brasileira, diante das características do sistema de saúde do país, que pretende ser universalista e é financiado por toda a população. "Grosseiramente falando, a gente deveria ter uma situação oposta. Dado que todo brasileiro contribui, ainda que involuntariamente, e que estão todos incluídos, a parcela daquilo que o Estado arrecada destinada à saúde deveria ser maior do que em outros países", considerou. Segundo o pesquisador, em países como o Chile, por exemplo, os cidadãos podem optar por contribuir e usufruir de apenas um dos dois sistemas de saúde existentes – o público e o privado. No Brasil, mesmo as pessoas que querem e podem ter um sistema complementar privado, não deixam de pagar pelo SUS. “Aqui você não tem a chance de não pagar pelo sistema público de saúde. Todo mundo que tem uma atividade formal paga por ele”, afirmou, em referência aos recursos da saúde arrecadados por meio da cobrança de impostos. Para ele, o processo contínuo de envelhecimento da população é mais um elemento que indica a necessidade de ampliar recursos para a saúde universalizada. “Considerando que o sistema brasileiro não é excludente, que todos estão dentro dele, e com essas novas demandas que surgem com o envelhecimento da população, isso sugeriria que a gente tivesse um volume maior de recursos alocados para a saúde, em relação ao que arrecada, do que os seus colegas da região.”

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